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Folha de São Paulo – Na cirurgia robótica, médico opera coração por joystick

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DO CARRO PARA A CURA

“A robótica é o presente e o futuro da cirurgia”, diz o gastroenterologista Antonio Luiz Vasconcellos Macedo, 64, do Einstein, especializado em cirurgia minimamente invasiva e robótica. O robô beneficia também o médico. O cirurgião opera sentado, com o braços e a cabeça apoiados no console.

Por enquanto, o da Vinci é o único do mercado. Fabricado pela americana Intuitive Surgical Devices, é uma adaptação dos robôs da indústria automobilística e começou a ser desenvolvido nos anos 1990.

A ideia era usá-lo em cirurgias remotas, nos cuidados de soldados feridos em batalha. Viu-se logo que não funcionaria por causa das limitações da internet. Imagine o estrago provocado por um delay, no caso de uma hemorragia. A cirurgia robótica só é possível em tempo real.

Os primeiros procedimentos com o da Vinci ocorreram no início dos anos 2000, nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil, a técnica só chegou em 2008. São 500 mil cirurgias robóticas realizadas todos os anos, no mundo. E a tendência é de aumento. Até dois anos atrás, só dois hospitais brasileiros ofereciam a tecnologia – o Einstein e o Sírio. Hoje são 13.